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São Paulo, São Paulo, Brazil
Eu sou feliz! Acordo todos os dias e agradeço por estar viva, por ter saúde, amigos, família, amor e por ter me conhecido. Minhas pernas e meus pés me levam pra onde eu quiser, meus olhos conseguem captar todas as cores e brilhos do mundo,meus ouvidos conseguem ouvir as mais belas músicas e as piores palavras, sinto todos os perfumes e outros aromas nem tão agradáveis, mas sou grata a tudo! Sempre desconfiei de quem eu era, mas só fui apresentada aos 40 anos! Adorei conhecer a pessoa que eu sou e quero que você conheça também. Através das minhas postagens, você vai me conhecer aos poucos. Muito Prazer!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Capitulo II

Bom, comecei a escrever minha história e resolvi intercalar com os quadros que vão ficando prontos.


Continuando de onde parei...


Nasceu meu irmão Ivan, quando eu tinha 1 ano e 8 meses mas, incrivelmente eu já tinha consciência de que estava perdendo meu trono. Ele sempre foi muito fôfo, meigo, com duas covinhas que seduziam qualquer adulto mal humorado.

Nesta foto, ele tinha 2 anos e eu 4... Mas, no meu entender, ele era um intruso, alguém que tinha aparecido na minha vida, com a única intensão de tirar meu lugar, de pegar meus brinquedos e o pior: Roubar as atenções e todos os mimos que eram exclusivamente meus!!

Não adiantava chorar, esperniar. Fazer manha então, era como pedir pra levar umas palmadas.

Resolvi que essa situação não poderia continuar assim e um belo dia resolvi dar meu almoço pra ele... Minha mãe foi atender à porta e me deixou sentadinha almoçando, meu irmão ficou no carrinho e logo começou a chorar. Pra fechar a boca dele, enchi de arroz e fiquei "ajudando-o" a engolir, ou seja empurrando com as mãos o bolo de arroz goela abaixo do coitado... Por sorte minha mãe voltou logo e o salvou das garras do mais novo serial killer do Brasil... acho mesmo que seria do mundo! Levei umas palmadas e ela me explicou que bebês só tomavam leite e não podiam comer arroz. Como assim??? Eu também era um bebê?!!

Os anos foram passando e ele ficando cada vez mais fôfo e eu cada vez mais insuportável. O ciúme corroia a minha alma de criança. Não entendia porque as travessuras dele eram motivos de riso e as minhas, mesmo quando eu o imitava, eram motivos pra palmadas.

O resultado era que eu sempre arrumava um motivo pra brigar com ele e muitas vezes acabava batendo nele... como consequência eu sempre ia parar de castigo.

Engraçado, eu brigava muito com ele, mas só eu podia, mais ninguém!

Quando alguém brigava com ele na rua, eu sempre o defendia... ou melhor, apanhava no lugar dele.

A essa altura, eu já tinha cinco anos e estava começando a escrever sozinha, copiando o rótulo dos produtos que minha mãe deixava em cima da mesa, senti mesmo que estava começando a resgatar minha posição de destaque. Todos ficavam admirados com a minha precocidade, mas heis que minha mãe começou a sussurrar nos meus ouvidos que eu teria outra irmãzinha pra me fazer companhia... Pronto! meu sofrimento ia recomeçar novamente...